Um dia, eu estava pedindo a Deus por coisas que julgava essenciais. Sentia meu coração pesado, cheio de expectativas e desejos. Mas, então, como uma brisa suave que toca o rosto sem ser percebida, vieram palavras que mudaram tudo:
“Como posso te dar algo se você não valoriza nem o que já possui?”
Naquele instante, parei. O susto deu lugar às lágrimas. Com elas veio a verdade: como poderia pedir algo se nem reconhecia o valor da vida que Deus me deu? Se ao menos apreciava as coisas que já estavam em minhas mãos, nem o amor infinito que me cercava diariamente?
Eu não orava de verdade, nem buscava conhecê-lo. Não agia como uma filha e não o tratava com carinho. Ainda assim, Ele veio ao meu encontro, como nos lembra Hebreus 12:6, com paciência e correção, abrindo meus olhos para que eu não me afastasse, mas aprendesse a caminhar mais perto.
Aquele dia marcou o início de uma nova caminhada. Um despertar. Comecei a enxergar o mundo e minha própria vida com outros olhos. Antes, tudo girava em torno do que eu queria receber, do que achava merecer. Mas naquele momento percebi meu egoísmo, minha cegueira diante do amor de Deus.
Hoje, agradeço por aquela repreensão. Por aquele toque de amor que despertou minha alma para a gratidão, para a humildade, para o reconhecimento do que realmente importa (1 Tessalonicenses 5:18).
Assim como eu, talvez você também já tenha corrido atrás de coisas sem perceber o que realmente importa. Que possamos juntos aprender a valorizar cada pequena bênção e cada gesto de amor do Pai.
“Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.”
1 João 4:7-8